Passeio cultural no Ribatejo
Palácios do Ribatejo, Alpiarça e Santarém
Domingo 19 de Novembro
Situada na margem esquerda do rio Tejo, na planície ribatejana, a
vila de Alpiarça é sede de um concelho, com uma única freguesia,
com cerca de 8.500 habitantes e 94 Km2 de superfície.
Habitada pelo homem desde tempos remotos, foram aqui recolhidos importantes achados arqueológicos do paleolítico inferior. As estações arqueológicas conhecidas são: Alto do Castelo, Cabeço da Bruxinha, Necrópole do Tanchoal, Necrópole do Meijão e Cabeço da Bruxa. Estas estações são consideradas Património Arqueológico Nacional.
Foram encontrados vários marcos milenários dedicados a Trajano,
indicativos da passagem na área geográfica do concelho da via
militar romana que ia de Lisboa a Mérida.
No Museu dos Patudos pode-se contemplar uma vasta e valiosa
colecção constituída por tapeçarias portuguesas de arraiolos e
orientais, azulejaria, mobiliário, porcelanas, faianças preciosas,
esculturas e pinturas estrangeiras e portuguesas, das quais
sobressaiem as quatro tábuas do políptico de S. Francisco de Évora, do séc. XVI, e o núcleo numeroso de pintores portugueses do século XIX e das escolas flamenga, francesa, italiana e inglesa.
A cidade de Santarém, sede de concelho e capital de distrito da
província do Ribatejo (região onde hoje a agricultura e a criação de
gado são os principais vetores de riqueza), adquiriu uma importância devida à sua localização geográfica, situada em ponto estratégico sobre a margem direita do rio Tejo e que lhe serviu em tempos pretéritos, de charneira entre o Norte e o Sul, do ponto de vista político-militar e económico. Paralelamente, foi-se desenvolvendo uma invulgar sedimentação histórico-cultural que se reflete, naturalmente, no seu património. O Centro Histórico da cidade de Santarém ocupa uma área de 1,43 Km².
Cidade de grande antiguidade possui uma valiosa situação
geoestratégica, que a par de outros motivos, como o clima ameno e
a paisagem envolvente de grande beleza, tornaram o lugar muito
cobiçado por pré-romanos, romanos, bárbaros, mouros e cristãos.
Era considerada "paraíso deleitoso" pelos árabes, ideia a que não é
alheia a situação geográfica do lugar, num planalto sobranceiro
ao rio Tejo, que qual Nilo português, é sinónimo de abundância, pois as suas cheias inundam as extensas lezírias em redor, tornando-as muito férteis. Por outro lado, o "espírito do lugar" ou Genius Loci, que ressalta da amálgama de aspetos que se conjugam num todo, - desde a articulação entre a Natureza (planalto e rio) e a construção urbana realizada, passando pela relação entre os diferentes núcleos urbanos (bairros do planalto e polos da zona ribeirinha), que revelam de forma invulgar como o homem se integrou e serviu de elo catalisador neste meio geomorfológico, ou ainda, pela especificidade da sedimentação temporal que a arqueologia testemunha -, marca inequivocamente os critérios já mencionados.
A tudo isto se conjuga o importante conjunto patrimonial de
Santarém, que com as suas muralhas, monumentos e ruas, constitui memória dos mais relevantes acontecimentos da História de Portugal.
PROGRAMA:
8h30m: Saída de Lisboa (gare do Oriente) em autocarro para Alpiarça.
10h30m: Chegada a Alpiarça e visita à Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça.
No fim será oferecida prova de vinho abafado produzido na erdade
Fundação José Relvas.
A Casa dos Patudos foi projetada pelo arquiteto Raul Lino e construída entre 1905 e 1909, por encomenda do proprietário e político José Relvas (foi quem proclamou a República Portuguesa nos Paços do Concelho de Lisboa). A Casa-Museu foi inaugurada em 15 de maio de 1960.
12h30m: Almoço na Reserva do Cavalo Sorraia. Restaurante regional localizado na Reserva Agrícola, propriedade da Fundação José Relvas, onde se podem saborear os produtos regionais e tradicionais do Ribatejo.
A Reserva Natural do Cavalo do Sorraia compreende uma área de cerca de 40 hectares, e é dedicada á conservação e divulgação desta raça portuguesa de cavalos de origens ancestrais e em vias de extinção, conhecido também por Cavalo Ibérico.
Segundo muitas teorias, o Cavalo de Sorraia poderá ser o antepassado genético do Cavalo Lusitano e do Cavalo Andaluz.
Em todo o mundo, existem menos de duas centenas de cavalos do Sorraia, dos quais só 60 são éguas com capacidade de reprodução, daí a necessidade da preservação desta importante espécie equestre, de elegante porte.
14h: Saída em autocarro para Santarém.
14h30m: Visita ao Convento de S. Francisco. O edifício, fundado em 1242, constitui um dos melhores exemplares do gótico mendicante em Portugal. No presente é um importante pólo cultural.
15h30m: Visita ao Museu Diocesano de Santarém.
17h: Visita ao centro histórico de Santarém; Alcáçova, Igreja da Graça, Igreja do St.º Milagre, Igreja de S. Nicolau, Igreja de S. João do Alporão, Portas do Sol e Torre das Cabaças.
17h30m: Visita à Alcáçova. Casa-Museu Passos Canavarro, onde o escritor Almeida Garret começou a escrever o célebre romance “Viagens na Minha Terra”
18h30: Regresso a Lisboa.
20h: Chegada a Lisboa.
Este passeio será orientado pelo Prof. Doutor Augusto Moutinho Borges
Preço do programa por pessoa: 65 €
O preço inclui as atividades e visitas referidas no programa, transporte em autocarro e um almoço.
A actividade está coberta por seguro.
Para inscrição enviar mail para caminhoscomcarisma@gmail.com
Saudações culturais,
Miguel Pereira
Caminhos com Carisma
Registo RNAT 86/2016 e RNAVT 7159 do Turismo de Portugal.
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